O setor bancário está em constante transformação, impulsionado por uma digitalização acelerada e a emergência de novos concorrentes ágeis, como fintechs e plataformas digitais.
Essas empresas se atualizam rapidamente, lançando serviços que desafiam bancos tradicionais a repensarem suas estratégias. Em paralelo, há uma pressão crescente por eficiência operacional e inovação contínua para atender às demandas de um público cada vez mais conectado – onde soluções como open banking, pagamentos instantâneos e aplicativos financeiros têm se tornado o novo padrão.
Contudo, o suporte a essas tecnologias exige redes escaláveis, capazes de lidar com volumes crescentes de transações e clientes. Segundo a Global Market Insights, a automação no setor bancário aumenta a produtividade das operações de TI em até 60%, o que destaca sua importância como um pilar estratégico para o futuro do setor.
A automação de redes e a escalabilidade, portanto, não são apenas uma solução técnica, mas sim a base para a expansão sustentável das operações bancárias, uma vez que possibilitam maior agilidade e segurança. São, portanto, indispensáveis em nossos tempos.
Ao longo deste artigo, exploraremos como a automação atende à necessidade de escalabilidade e cria um diferencial competitivo no setor financeiro.
Com o aumento exponencial das transações digitais, os bancos enfrentam desafios significativos para escalar suas operações.
Desde o processamento de milhões de transações por segundo até a gestão de dados em tempo real, a infraestrutura de TI enfrenta uma pressão constante. Além disso, a complexidade das redes torna a tarefa de gerenciá-las manualmente um processo oneroso e suscetível a erros.
O objetivo sempre é evitar ao máximo falhas que são replicadas para os usuários: instabilidades, sistemas fora do ar e lentidão podem causar uma má experiência e se tornar um estímulo para que clientes procurem outras instituições. Da mesma forma, se busca melhor tempo de resposta para a usuários, personalização da experiência e maior confiabilidade.
De acordo com a Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária, a expansão dos serviços bancários digitais aumentou significativamente a demanda por infraestrutura robusta e confiável. Isso inclui a necessidade de upgrades frequentes, implementação de novas tecnologias e gerenciamento de redes altamente distribuídas.
Entretanto, esses processos são frequentemente marcados por tarefas repetitivas e manuais, como configuração de dispositivos e provisionamento de servidores, que por sua vez, consomem tempo e aumentam o risco de falhas humanas.
Esse cenário cria um paradoxo para as equipes de TI. Enquanto são exigidos resultados mais rápidos e seguros, as restrições operacionais dificultam a entrega. A falta de automação, portanto, agrava esses desafios, limitando a capacidade dos bancos de escalar seus serviços sem comprometer a qualidade ou a segurança.
Diante disso, é importante pensar em como a automação impacta a gestão dos serviços bancários e como essa pode ser uma ótima resposta para os tempos atuais, como veremos a seguir.
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Como mencionado anteriormente, bancos que adotam tecnologias automatizadas conseguem escalar suas operações com rapidez, eficiência e segurança, transformando o que antes era uma barreira em uma vantagem competitiva, como listado abaixo:
A automação de rede elimina processos manuais e repetitivos, como a configuração de redes e o provisionamento de servidores. Por meio de soluções baseadas em inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina (ML), as redes são monitoradas, ajustadas e otimizadas automaticamente, o que reduz o risco de falhas e melhora a agilidade operacional.
Por exemplo, considere a implementação de um novo serviço de pagamentos instantâneos. Em uma rede tradicional, isso exigiria semanas de ajustes manuais. Já em uma rede automatizada, o mesmo processo pode ser concluído em horas, com a garantia de que o banco atenda às demandas do mercado de forma ágil e eficiente.
Além de resolver gargalos operacionais, a automação também cria uma base estável para a implementação de novas tecnologias.
Soluções como 5G, inteligência artificial e Internet das Coisas (IoT) dependem de uma infraestrutura de rede escalável e resiliente. Sem a tecnologia, esses avanços se tornam inviáveis ou excessivamente caros de serem implantados.
Um exemplo prático é o uso de IoT para proporcionar experiências bancárias mais personalizadas, como caixas eletrônicos inteligentes que ajustam as opções de serviço com base no perfil do cliente. Essa solução requer uma rede capaz de lidar com grandes volumes de dados em tempo real, algo que apenas a automação pode oferecer.
Outro benefício crucial está na eficiência energética.
Redes automatizadas utilizam recursos de maneira mais inteligente, a fim de reduzir o consumo de energia e os custos operacionais. Isso é especialmente relevante em um cenário em que sustentabilidade e ESG (Environmental, Social, and Governance) são prioridades para investidores e consumidores.
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O futuro do setor financeiro está diretamente ligado à sua capacidade de escalar e inovar.
Bancos que negligenciam a automação correm o risco de ficarem para trás, com gargalos operacionais que comprometem a experiência do cliente e limitam o crescimento.
Por outro lado, aqueles que investem na tecnologia estão posicionados para liderar o mercado. Com uma infraestrutura preparada para lidar com demandas crescentes, essas instituições não apenas ganham em eficiência, mas também abrem caminho para novos modelos de negócios, como bancos completamente digitais ou plataformas de serviços financeiros integrados.
Portanto, investir em automação de redes não é apenas uma resposta aos desafios atuais; é um passo estratégico para garantir a escalabilidade, segurança e inovação no longo prazo.
A capacidade de eliminar gargalos operacionais e criar uma base tecnológica robusta permite que os bancos se adaptem rapidamente às mudanças do mercado e liderem a transformação digital.
Com isso, mesmo que novos concorrentes continuem a surgir e a pressão por inovação aumente, os bancos que a priorizarem estarão melhor equipados para atender às demandas do futuro digital, consolidando sua posição como líderes do mercado financeiro.
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