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Tempo de leitura 2min
30 ago 2018

WhatsApp: como se manter seguro

O WhatsApp - um dos aplicativos mais usados, com 1,5 bilhão de usuários ativos mensais no mundo - tem sido a 1ª opção para àqueles que desejam se comunicar virtualmente. Mas tal facilidade e preferência também se transformou em um canal para golpes. São promoções, ofertas de emprego, premiações, viagens por valores irrisórios, correntes, fake news...  Segundo levantamento da Kaspersky, somente nos 20 primeiros dias de janeiro de 2018 foram 2 milhões e meio de vítimas em cerca de 10 campanhas maliciosas espalhadas pelo Brasil. E os números, assim como os golpes, continuam crescendo. Um dos mais recentes vinha com uma falsa promessa de internet grátis que, logo na primeira hora, teve mais de 2.600 acessos e muitos dispositivos infectados.

Mas o que fazer para se proteger de tais armadilhas? A primeira delas é desconfiar das promoções. Orienta-se que sempre sejam validadas tais mensagens nas páginas oficiais da marca. Outra dica importante é brecar o ímpeto de clicar nos links sem antes verificar sua procedência.

No entanto, os cuidados com as mensagens virtuais não param por aí. Além de assegurar-se contra golpes, enquanto administrador de um grupo, você também deve zelar pelas atitudes de seus membros. Isso mesmo. Se você permite que tais integrantes ajam de maneira livre e ofensiva, tome muito cuidado pois temos tido decisões judiciais no sentido de responsabilizar o administrador do grupo quando este se omite frente às atitudes ofensivas e criminosas de seus integrantes.

A 34º Turma do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a administradora de um grupo de WhatsApp ao pagamento de R$ 3.000,00 por entender que ela teria a responsabilidade de coibir ofensas direcionadas a um outro integrante do grupo.  O valor arbitrado teve o cunho não somente de punir, mas também de advertir a todos acerca da importância de coibir tal prática. As relações virtuais estão se expandindo diariamente nos mais variados contextos e a probabilidade de se cometer um ilícito nestes ambientes é cada vez maior.

Trazendo essa nova realidade para o mundo corporativo, muitas empresas utilizam o aplicativo como ferramenta de venda, interação e comunicação e, portanto, como administradoras, estas também devem estar atentas ao que é conversado visto que “brincadeiras inofensivas” podem ser entendidas como um ilícito, podendo levar a administração do grupo a uma penalização no âmbito cível.

Neste caso, para administradores de um grupo, aqui vão algumas dicas:

  • Deixe disponíveis, de forma clara, quais são as regras do grupo
  • Seja intolerante com “brincadeiras” de cunho ofensivo
  • Caso qualquer pessoa do grupo burle tais regras, ela deve ser excluída imediatamente

Precisamos entender que o WhatsApp, além de ser uma excelente ferramenta de comunicação, pode sim ser um valioso instrumento para o cometimento de um crime digital, quer seja em forma de golpe, quer seja com crimes como calúnia, injúria ou difamação.  À medida que ocorre o avanço tecnológico expandem-se também seus riscos.

 

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