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NEC
02 dez 2021

Tendências de conectividade para o futuro da Agricultura e como colocá-las em prática

Estima-se que a participação do agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro pode ultrapassar 30% em 2021. Mais precisamente, a expectativa é de que o PIB total seja de R$8,4 trilhões, enquanto o da agricultura, R$2,52 trilhões. 

Nesse contexto, integrado ao conceito de transformação digital e uso de tecnologias disruptivas no campo, a discussão sobre conectividade se faz cada vez mais importante para que estes números continuem a crescer. 

Ainda há muito o que se fazer, pois, segundo o Ministério da Agricultura, hoje apenas 23% da área rural tem algum tipo de cobertura de internet, peça-chave para a utilização dos mais diversos recursos tecnológicos. 

Pensando em trazer um panorama do setor, tendências e como colocá-las em prática é que desenvolvemos este conteúdo. Confira e saiba mais sobre o assunto.

As tendências da agricultura: como a tecnologia irá fomentar a inovação

A tecnologia na agricultura é o pilar necessário para viabilizar, apoiar e acomodar todas as outras tendências que estão ocorrendo no Brasil. Porém, para atingir o potencial máximo das inovações, a conectividade é necessária, pois mais de 50% delas dependem da conectividade, na mesma medida em que este é um ponto de bloqueio para o crescimento. 

Podemos ver a camada de conectividade como uma "cola" que mantém todas as peças juntas, desde os dispositivos e sensores de IoT até a plataforma de nuvem e data centers, onde todos os dados serão transformados em informações e, em seguida, insights para o produtor usar como suporte as decisões de negócio  ou em sistemas automáticos. 

Neste cenário, é importante analisar algumas das tendências econômicas e ambientais a serem vistas na agricultura, de modo a criar uma conexão entre elas e o potencial da tecnologia. São elas:

Protagonismo do consumidor

O avanço acelerado dos recursos tecnológicos e de comunicação, aliado ao crescimento das plataformas digitais e mídias sociais, vem mudando drasticamente a relação dos consumidores com empresas de todos os setores, incluindo a agricultura. Hoje eles possuem voz ativa no sentido de avaliarem produtos e marcas, influenciando diretamente a decisão de compra de terceiros. Isto modifica não somente a qualidade da produção, mas também traz novos desafios a serem superados no sentido de oferecer uma boa experiência;

Mudanças sociais, econômicas e espaciais na agricultura

O ambiente rural do Brasil passou por significativos movimentos migratórios nos últimos anos, não somente envolvendo pessoas, mas também capital. Para ficar mais claro, os agricultores migraram com recursos para a prática da denominada agricultura moderna e compra de terras, com objetivos econômicos e financeiros;

Sustentabilidade e intensificação dos sistemas de produção agrícola

O crescimento da população e a elevação da renda, tanto no presente quanto no futuro, fará com que seja necessário aumentar a produção de alimentos e outros produtos advindos da agricultura. Em contrapartida, a necessidade de preservação ambiental, a falta de mão de obra no campo e a elevação nos preços das terras exigem um processo sustentável por parte do agronegócio;

Riscos na agricultura

Como se sabe, a agricultura depende diretamente dos recursos naturais e de processos biológicos. Na prática, isso envolve o clima, por exemplo, que influi num solo fértil e na produção. Ou seja, é uma atividade de risco. Por se caracterizar pelo uso intensivo de capital, o prejuízo pode ser incalculável no caso de secas, geadas, baixa de preços ou quebras de safras. Por isso, uma tendência é o questionamento sobre o que produzir, como produzir e para quem produzir;

Integração de maior valor nas cadeias produtivas agrícolas

A agricultura vem gerando valor de várias formas, como o investimento em indústrias como química e farmacêutica, por exemplo. Enquanto a nanotecnologia possibilita processos de conservação, rastreabilidade, qualidade e certificação, as biotecnologias possibilitam a geração de novos produtos; 

Mudanças climáticas

Com a elevação dos gases de efeito estufa, a temperatura na Terra vem subindo. O setor de agronegócio está no centro desta questão, pois é uma atividade que emite estes gases, contribuindo para o aquecimento global, ao mesmo tempo que é influenciada diretamente pelo clima. Isto traz a demanda por uma agricultura de baixo carbono e desenvolvimento de tecnologias para minimizar os efeitos negativos do clima nos cultivos. 

Redes privadas e agricultura: o próximo passo para conectividade

Para que a tecnologia na agricultura tenha a máxima performance, conectividade é uma peça chave. Nesse sentido, as redes privadas são o próximo passo para o setor. Um estudo recente do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) apontou que aproximadamente apenas 23% das propriedades têm algum tipo de conectividade, o que quer dizer conectividade legada como 2G. 

O governo criou o panorama para ampliar e desenvolver esse setor: 

- Para cobrir 50% da área rural brasileira: +4.400 antenas (significa +47 bilhões de reais adicionais)

- Para cobrir 90% da área rural brasileira: +15.000 antenas (significa +101 bilhões de reais adicionais). 

Na imagem abaixo é possível observar como se parece uma infraestrutura conectada na agricultura, contendo soluções e camadas:

O que é preciso para desenvolver a infraestrutura para tecnologia na agricultura

A implementação de tecnologia no agronegócio requer a integração entre infraestrutura e eletrônicos, a qual deve ser pensada de forma estratégica pelo governo e iniciativa privada. Ela é composta por:

- Infraestrutura: torres, energia, solar e abrigo;

- Eletrônicos: antenas, unidade de rádio e backhaul. 

Diferença entre rede privada e pública 

A conectividade pode ser classificada com redes públicas e privadas. Enquanto no primeiro caso as prioridades são definidas pelas operadoras ou metas estabelecidas pelo governo, no segundo a rede é propriedade de uma organização, a qual pode definir suas prioridades de implantação e a melhor tecnologia a ser empregada.

Recentemente, redes celulares privadas que usam 4G Long Term Evolution (LTE) e tecnologias 5G, começaram a ser implantadas por muitas empresas. Como essas usam tecnologias celulares e são compatíveis com redes celulares públicas, elas oferecem às organizações muitas das funcionalidades, segurança e outros recursos de que precisam para aplicativos IoT mais avançados. Além disso, os custos de gerenciamento de longo prazo para essas redes costumam ser menores do que para outras tecnologias sem fio.

Redes privadas LTE e 5G são redes que usam espectro sem fio licenciado, pela empresa privada que irá utilizar o espectro para transmitir voz e dados para dispositivos de ponta, incluindo smartphones, módulos incorporados, roteadores e gateways.

Com as redes privadas LTE e 5G, as organizações possuem o espectro sem fio que usa para a rede, bem como as estações base de rede e outras infraestruturas. Isso fornece controle total sobre a rede e permite isolar completamente seus usuários de outras redes públicas. 

No entanto, existem outros tipos de redes privadas. Com as redes privadas compartilhadas e híbridas LTE e 5G privadas, partes da rede são de propriedade, compartilhadas ou operadas pelo MNO ou outra organização.

“Acreditamos que não haverá uma solução adequada para todos e o melhor caso deve ser estudado com base na demanda específica e maturidade de cada fazenda. Por exemplo, algumas áreas podem contar com redes de baixa potência como Sigfox e LoRA, em outras usos mais sofisticados que dependem de largura de banda maior onde o 4G pode ser uma boa opção. E, conforme a tecnologia evolui e mais aplicativos sensíveis à latência são implantados, o 5G pode ser a escolha certa”. – citação durante a palestra do especialista, Leandro Galante, da NEC, no evento OiWeek. 

Como a NEC integra as redes no campo

Praticamente qualquer organização pode configurar e operar sua própria rede privada LTE ou 5G se quiser, assim como qualquer pessoa pode configurar e operar sua própria rede Wi-Fi. Eles só precisam de espectro, equipamento de infraestrutura de rede e dispositivos de ponta que possam se conectar a esse equipamento.

As redes LTE e 5G totalmente privadas exigem um investimento de capital inicial mais alto do que o Wi-Fi e outras redes. É por isso que as organizações que estão implantando ou considerando implantar redes privadas LTE ou 5G são geralmente organizações que precisam fornecer conectividade para um grande número de usuários e dispositivos, ou precisam cobrir uma grande área geográfica para aplicativos IIoT. 

Há 122 anos, desde a sua fundação, a NEC visa usar a tecnologia para alcançar um mundo melhor e mais sustentável. A companhia evoluiu com base em 3 pilares:

- Rede (equipamento de telecomunicações, semicondutores, cabos submarinos, satélites, equipamento de transmissão);

- TI (computadores, supercomputadores);

- AI (reconhecimento facial, biometria, automação do sistema postal).

No caso específico da tecnologia na agricultura, primeiramente construímos um site e sua infraestrutura que abriga a camada de conectividade. Normalmente, como temos locais remotos ao lado da própria torre, uma solução autônoma para alimentar os equipamentos é necessária, ou seja, alguns painéis solares ou eólicos, além das baterias.

Além disso, construímos a camada “eletrônica” com as antenas, unidades de rádio e links de backhaul que conectam os dispositivos finais à internet. Assim, o agronegócio pode conectar todos os dispositivos, aplicativos e sensores a seus aplicativos e sistemas correspondentes. E quando se tem todas as peças juntas, pode experimentar todos os benefícios da tecnologia na agricultura. 

Para ficar mais claro, trouxemos um caso de uso real em Portugal, onde a conectividade aliada à digitalização da produção mostrou resultados muito positivos, como a redução de até 20% do uso de fertilizantes e aumento de cerca de 30% da produtividade por hectare. Veja mais informações a respeito no vídeo: 

 

 

A NEC é muito positiva de que tal conquista pode ser replicada aqui no Brasil, desde que tenhamos conectividade nas áreas rurais junto com um ecossistema local que entenda as demandas específicas dos produtores e esteja disposto a trabalhar para lidar com essas questões.

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