O desenvolvimento das redes móveis no Brasil rumo ao 5G
Quem viveu o início dos anos 90 no Brasil presenciou o surgimento da primeira rede comercial de telefonia celular, o 1G. Sem dúvida, tratou-se de um grande passo na era digital e trouxe novas aberturas inovadoras ao mercado, como foi com a chegada das redes 2G, 3G e 4G.
A partir do 3G, os usuários puderam experimentar a mobilidade da Internet com novas aplicações surgindo e os smartphones se popularizando, culminando na evolução para o 4G/4.5G, onde estamos hoje. Mas, conforme a tecnologia evolui, as expectativas não param, afinal, é da evolução que grandes mudanças ocorrem.
Com o potencial e a estimativa de favorecer as redes móveis no Brasil em um médio prazo, o 5G é visto pelas empresas como uma tecnologia de extrema importância para o futuro. Com isso, já começaram os preparativos para investir nessa nova abordagem.
E é exatamente sobre isso que este artigo trata: vamos explorar a conversa realizada no Futurecom, que evidencia a visão de empresas e profissionais do setor sobre como o 5G nas redes móveis no Brasil será adotado no mercado. Acompanhe!
Como destravar o investimento em 5G
O 5G é uma tecnologia considerada pelos profissionais e especialistas da área como um “jogo totalmente novo”, onde as prestadoras de serviços vão levar ainda mais valor aos clientes, especialmente a governos e empresas, por meio de novas aplicações disruptivas.
E como o investimento em 5G pode favorecer o avanço da digitalização no Brasil com a chegada da nova rede? Wagner Barroso, Business Director da NEC, falou sobre isso no Futurecom, levantando a ideia de que é preciso criar um ambiente de colaboração, tanto com outros fornecedores e operadoras quanto com o mercado corporativo.
Além disso, é preciso destravar o desenvolvimento de casos de aplicação, como por exemplo:
- O controle remoto de máquinas em ambientes hostis as pessoas;
- Uso da inteligência artificial para aprimorar automação e controle;
- Treinamentos de equipe, com foco até mesmo no gestual dos profissionais, etc.
Ele indica que há diferentes campos que podem ser tratados com a ascensão da robótica, a possibilidade de conversa entre máquinas, o M2M, um aspecto que se diferencia muito das outras fases de evolução das redes móveis no Brasil.
Ou seja, é necessário que haja esse tipo de abordagem de aplicações para que possam facilitar essa conversa entre máquinas em tempo real. E, a partir daí, melhorar as experiências dos clientes finais e também proporcionar uma real diferença na prática e necessidades das operadoras e corporações.
O uso e o objetivo do 5G nas redes móveis no Brasil
Vale destacar que a estimativa é que o 5G tenha diferentes usos e frentes. No entanto, a princípio, espera-se que ele seja utilizado em grandes cidades ou com o objetivo de levar banda larga a locais não atendidos por fibra óptica ou que precisem de mobilidade.
Outros objetivos importantes são que o 5G acelere a Internet das Coisas (IoT) e que também traga maiores possibilidades do uso da robótica nas indústrias brasileiras. Por ser uma rede com potencial de garantir mudanças e inovação em vários setores, o que se espera é que haja avanço gradual na implementação dessa abordagem de redes móveis no Brasil.
Impactos da implementação do 5G no Brasil
É preciso considerar a infraestrutura para essa implementação, visto que a quantidade de dados que o 5G suporta é maior que o 4G e usará frequências ainda mais altas. Por exemplo, as antenas poderão ganhar novos modelos, tornando-se menores para a distribuição nas cidades e devem ser instaladas em maior quantidade.
A nova rede será capaz de transportar dados em um volume muito maior. Dessa forma, suas características de construção tem que levar em conta a alta capacidade, cobertura aprimorada e atendimento a demanda dos clientes de forma diferente à atual. Trata-se, portanto, de uma transformação completa das operadoras.
Por isso, as empresas encaram alguns desafios para a chegada da nova rede e suas aplicações, mas há um consenso que a colaboração passa a ser palavra chave. Os players do setor, incluindo fornecedores, prestadores e clientes, devem juntar forças para avançar frente às diversas opções tecnológicas, uma vez que, assim como Wagner Barroso salientou, isso é visto como crucial para o desenvolvimento próspero da nova abordagem.
Há estimativas de que o processo de modernização das telecomunicações e redes móveis no Brasil também altere a dinâmica e fomentem a ampliação de data centers, com novas abordagens em sua arquitetura e maior descentralização pelo país.
NEC tem o objetivo de assumir a posição de integradora e oferecer soluções personalizadas no Brasil
Roberto Murakami, diretor da NEC, afirma que o fato é que o 5G muda o rumo do setor, já que representa uma disrupção com uma nova rede. Ele promove a interface aberta do Open RAN, o que possibilita que as operadoras expandam o leque de fornecedores tradicionais.
É por isso, inclusive, que a NEC tem o objetivo de assumir a posição de integradora e oferecer soluções de acesso em redes 4G e 5G. O intuito é fazer uso de uma arquitetura que integre servidores, software, interface e outras tecnologias, como MIMO.
As possibilidades do 5G são inúmeras, tanto do lado corporativo quanto no que diz respeito ao lado de serviços direto com o cliente, aqueles que podem impactar suas experiências de comunicação. Espera-se, portanto, que a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) aprove o edital do leilão de espectro da tecnologia.
A previsão é que haja maiores avanços ainda neste ano. Nesse sentido, a NEC se posiciona como uma aliada e orquestradora, junto com as empresas, na construção de novas estratégias para o futuro.
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