Crises nativas de grandes metrópoles se intensificam à medida que a população aumenta e se centraliza nessas regiões. Como a tecnologia protagoniza a resolução destes problemas?
Com uma densidade demográfica massiva e crescente, estima-se que as zonas urbanas abrigarão 68% da população mundial até 2050, onde se acentuam questões urgentes de desigualdade social, sustentabilidade, segurança pública e locomobilidade. Em meio aos obstáculos destes centros urbanos, soluções automatizadas vêm surpreendendo quanto à eficiência e precisão.
Novas tecnologias surgem quase diariamente. Dispositivos IoT, inteligência artificial mais avançada em menos tempo, conectividade de ponta com o 5G, redes abertas, como o Open RAN, entre tantas outras. E seus objetivos são apenas um: facilitar nossas rotinas e resolver problemas.
Cidades ao redor do mundo compartilham dessa missão e, por isso, reúnem investimentos, planejamento e expertise para tornar seus espaços mais inteligentes e funcionais. Também trabalhando para melhorar a qualidade de vida da população, o Brasil ocupa um lugar de relevância no cenário mundial das smart cities.
À primeira vista, o conceito das cidades inteligentes pode parecer distante. Porém, trata-se da realidade de muitos municípios. A gestão local desses espaços leva em conta a própria conjuntura e, junto a empresas especializadas em inovação, implementa tecnologias como:
Apesar de não estarem muito atrás na tendência das cidades inteligentes, os municípios brasileiros ainda enfrentam entraves: déficit de investimentos, conhecimento técnico em desenvolvimento e infraestrutura insuficiente.
Neste cenário, parcerias público-privadas podem se tornar o cerne da construção de uma cidade inteligente. Unindo investimentos e organização do setor público à experiência de empresas de alto nível, surgem novos panoramas sobre a cidade.
Cidadãos de grandes centros urbanos experienciam, quase de forma crônica e universal, dificuldade em se locomover pelos espaços.
Horas a fio no trânsito para se deslocar a destinos como o trabalho, ambientes de lazer, comércio ou demais atividades causa estresse, riscos de acidentes, danos à qualidade de vida e à rotina dos habitantes; e tanto o transporte público quanto os veículos comuns são afetados.
A hipercentralização de serviços e comércio nas metrópoles é um dos motivos para o congestionamento das estradas. Em resposta, um planejamento urbano descentralizado, assim como monitoramento das vias em tempo real, atenuam o frenético ritmo do tráfego das cidades.
Por meio de dispositivos IoT — câmeras e sensores —, é possível rastrear as regiões com maior fluxo de veículos e seus horários de pico. Passando para a análise destes dados, sistemas de inteligência artificial traçam novas rotas e meios para controlar o tráfego.
Deve-se destacar o papel do transporte público nas cidades inteligentes. Com investimento e incentivo adequados, um transporte público de qualidade passa a atrair pessoas a diminuírem expressivamente o uso de veículos próprios para rotinas de ida e vinda ao trabalho, por exemplo.
Automatizar a mobilidade urbana também impacta diretamente na saúde da população, dada a prevenção de acidentes e otimização do tempo no trânsito.
Não mais uma pauta secundária, a sustentabilidade é, hoje, uma urgência. Gestores municipais, estaduais e federais trabalham ao lado de grandes players do mercado para garantir o equilíbrio entre os avanços da cidade e a preservação do meio ambiente.
Destas iniciativas, surgem tecnologias IoT de medição de temperatura e qualidade do ar e da água, softwares de simulação com os quais é possível identificar áreas que necessitam de arborização e planejar seu desenvolvimento, sistemas de smart grids para gestão energética, tecnologias de coleta de resíduos e lixo, entre outros.
A priorização da sustentabilidade e gestão dos recursos naturais traz ganhos para diversos setores. Uma cidade que opera um planejamento verde garante cumprimento de leis ambientais, o que atrai mais investimento estatal e de capital privado, fomentando o surgimento de novos modelos de negócios. Cria-se também o ambiente ideal para a migração de pessoas que buscam maior qualidade de vida — junto a isso, a ampliação do arrecadamento local.
Construir uma cidade inteligente e conectada exige amplos investimentos que, posteriormente, serão devolvidos ao município. A segurança, modernização e o alto padrão de vida são características capazes de catalisar o crescimento econômico regional. Criando um ambiente propício para o desenvolvimento humano e ambiental, prosperam novos negócios e iniciativas.
Trata-se de uma economia circular, onde todas as zonas do município são igualmente contempladas pelo plano de inovação, a fim de reduzir a desigualdade social e aquecer o mercado como um todo.
Sobretudo em países em desenvolvimento, a publicidade positiva agregada pelas cidades inteligentes estimula o turismo.
No esforço para criar novos ecossistemas urbanos, administrações locais pelo Brasil vem apresentando resultados promissores nas categorias de segurança pública, inovação, educação e mobilidade:
Principal cidade do Vale do Paraíba, São José dos Campos recebeu recentemente o certificado de “a primeira Cidade Inteligente do Brasil”. O reconhecimento se deu pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que se pauta em três normas internacionais NBR ISO (37120, 37122 e 37123) regulamentadas pelo World Council on City Data, instituição ligada à ONU (Organização das Nações Unidas).
Elaborado e aplicado pelo governo estadual de São Paulo, o projeto Cidades Inteligentes tem como missão facilitar e fortalecer parcerias entre as prefeituras e o Estado em questões de desenvolvimento urbano sustentável. E já há um projeto no radar: fornecer iluminação pública de ponta a 11 municípios.
Iniciativa que visa aumentar a segurança no trânsito, bem como para pessoas que precisam se movimentar por certos pontos. Os novos dispositivos permitem a integração de diferentes sistemas como internet pública, Wi-Fi e conexões de diferentes serviços digitais.
Destaque na edição 2021 do Ranking Connected Smart Cities, Petrópolis ocupou posições de peso em diversos rankings do evento, dentre as quais se analisam a eficiência em mobilidade e acessibilidade, urbanismo, meio ambiente, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo e governança.
Embora não façam parte do planejamento macroeconômico a curto e médio prazo no Brasil, de maneira generalizada, as cidades inteligentes já estão, pouco a pouco, tomando seu espaço e tornando suas realidades mais conectadas, dinâmicas e seguras.
O cerne da transformação urbana está nas parcerias entre prefeituras e empresas com alta expertise em automação de zonas metropolitanas. Capacitada para arquitetar e erguer as cidades do futuro, a NEC dispõe do conhecimento para orquestrar projetos personalizados com soluções inovadoras em IoT, 5G, inteligência artificial e muitas outras.
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