O desenvolvimento urbano sustentável e eficiente é uma proposta de grande valor para cidades em todo o mundo, principalmente em países como o Brasil que possuem seus próprios desafios a serem superados a fim de dar um passo em direção às cidades inteligentes.
Nesse cenário, a capacidade de coletar, analisar e utilizar dados de forma inteligente transforma a gestão das administrações, melhorando serviços públicos, mobilidade, segurança e qualidade de vida dos cidadãos.
Afinal, há uma correlação essencial entre a coleta e análise de dados, a infraestrutura disponível e a integração de sistemas a ser utilizado para orquestrar as smart cities e alcançar seu potencial. Tornando possível que elas se tornem mais proativas às necessidades dos habitantes e assim na solução de problemas urbanos.
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O uso de dados em cidades inteligentes reflete uma tendência crescente em todo o mundo para tornar as áreas urbanas mais habitáveis, seguras e eficientes.
A integração da tecnologia na gestão urbana abre um leque de possibilidades para atender às necessidades específicas de cada comunidade, transformando a maneira como interagimos com os espaços urbanos.
Vamos explorar alguns desses aspectos em detalhes, focando na importância do capital humano, na segurança pública e no uso de dados para a tomada de decisões.
A capacidade de uma cidade se tornar um hub de inovação está diretamente ligada à sua habilidade em atrair, formar e reter talentos. Por exemplo, ao investir na formação de profissionais qualificados e na criação de um ecossistema favorável à inovação, Florianópolis estabelece um ciclo virtuoso que beneficia tanto a economia local quanto a qualidade de vida dos seus habitantes, como é possível acompanhar na edição #291 do Start Eldorado.
A presença de universidades, incubadoras de startups e eventos de tecnologia são indicativos de um ambiente que valoriza o conhecimento e a criatividade, elementos essenciais para a solução de problemas urbanos complexos.
A abordagem da região para a segurança pública, utilizando o monitoramento por vídeo analítico e um extenso sistema de câmeras, é um exemplo claro de como a tecnologia pode ser aplicada para criar ambientes urbanos mais seguros.
Essa análise inteligente de imagens viabiliza não apenas a vigilância em tempo real, mas também a possibilidade de prever e prevenir incidentes antes que eles ocorram. Diante disso, a integração desses dados com outras forças de segurança fortalece a sensação de segurança e a eficácia das respostas a incidentes.
A capacidade de coletar, analisar e aplicar dados é crucial para a gestão eficiente de uma cidade inteligente. Vale citar o exemplo da previsão de vagas em creches e na promoção de serviços de saúde, que permite uma tomada de decisão mais proativa.
O desenvolvimento de um centro de monitoramento que integre zeladoria, segurança, coleta de lixo, energia e mobilidade urbana em uma única plataforma é um dos muitos exemplos de iniciativas que podem representar um passo significativo na direção de uma gestão urbana mais holística e eficiente.
A adoção de uma abordagem centrada no ser humano, que considere as necessidades e o bem-estar dos cidadãos, será essencial para o sucesso contínuo das cidades inteligentes, o que inclui fatores como crescimento populacional, deslocamento de pessoal de polícia, iluminação pública, entre outras soluções.
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O desenvolvimento de cidades mais inteligentes tem um poderoso aliado: a Internet das Coisas. Em entrevista para o Start Eldorado, episódio 291, Elias Reis, especialista em cidades inteligentes da NEC, compartilhou como essa tecnologia pode ser catalisadora para a transformação urbana.
Por meio da IoT, é possível gerar dados cruciais que ajudam as autoridades a otimizar os serviços urbanos e a responder de forma mais eficaz a diversas situações. Tudo isso com foco em economia e eficiência.
O ponto central da discussão é a necessidade de entender como os dispositivos conectados interagem entre si. Isso se aplica em vários cenários urbanos, como:
Um dos exemplos mais impactantes discutidos por Reis é o uso da IoT na gestão de eventos naturais, como vendavais e enchentes.
A capacidade de monitorar padrões climáticos e prever eventos adversos permite que as cidades se preparem melhor para mitigar seus efeitos, potencialmente salvando vidas e reduzindo danos materiais. Algo necessário diante a perspectiva de um clima mais extremo e com variações maiores de temperatura que por consequência aceleram o surgimento desse tipo de ocorrência.
Reis enfatiza que "dados são a base de uma cidade inteligente". A coleta e análise de dados através da IoT possibilitam uma gestão urbana mais informada e proativa. No entanto, antes de colher os benefícios, é crucial integrar e orquestrar as tecnologias envolvidas, permitindo uma tomada de decisão mais eficiente e a otimização dos recursos urbanos.
A interconexão entre coleta e análise de dados, tomada de decisões consistentes, infraestrutura tecnológica avançada e a integração de sistemas diversos é essencial para impulsionar o desenvolvimento de cidades mais inteligentes e eficientes.
Nesse contexto, o uso estratégico de dados emerge como um pilar fundamental, impulsionando não apenas a otimização de recursos e serviços urbanos, mas também a prevenção e gestão eficaz de desafios e crises.
A NEC, com sua expertise global e conhecimento específico das necessidades brasileiras, está na vanguarda deste movimento, desenvolvendo projetos personalizados que apoiam e fortalecem as redes de cidades inteligentes no Brasil, demonstrando seu compromisso em criar ambientes urbanos mais adaptáveis, resilientes e sustentáveis para o futuro.