Mesmo com a maioria dos países conseguindo superar a pandemia, a telemedicina deve permanecer bastante ativa. Veja como preparar seu ambiente para isso.
Um dos efeitos diretos das restrições de movimentação e dos lockdowns da pandemia foi o rápido crescimento do trabalho remoto, com milhões de profissionais desempenhando suas funções em home office. Este efeito se estendeu às mais variadas áreas, incluindo a saúde, com a chamada telemedicina, que vinha caminhando a passos lentos, sendo rapidamente regulamentada e entrando em operação oficial em todo o país.
Agora, com este duro desafio sanitário sendo superado, a tendência de atendimentos remotos dá sinais claros de que deve permanecer uma opção bastante popular entre pacientes. A facilidade de se consultar sem locomoção até hospitais e clínicas, a redução da chance de contágio e, principalmente, a manutenção da qualidade do serviço, são fortes argumentos que atraem cada vez mais pessoas para esta modalidade de consultas.
Contudo, não basta ter uma câmera e um computador para que este serviço seja prestado com qualidade: é necessário investir adequadamente na modernização de seu ecossistema digital, de modo a maximizar seus benefícios e diferenciais.
Quando se investe adequadamente em novas tecnologias e na preparação de seu ambiente como um todo para o acompanhamento remoto efetivo, as organizações podem colher benefícios em diversas frentes. Aqui estão reunidas algumas das mais expressivas vantagens da habilitação de um ecossistema digital para a nova realidade de conectividade e atuação profissional remota em saúde.
Ao descentralizar a operação médica, os profissionais conseguem acesso a uma série de serviços e recursos importantes, que impactam diretamente a qualidade e a agilidade do serviço em várias frentes. Exemplos disso incluem inteligência artificial (AI) e analytics, que ajudam a trazer mais precisão e velocidade no apoio a diagnósticos e na geração de laudos, algo que torna o tempo de resposta menor ao paciente com mais segurança.
Similarmente, o machine learning pode ser útil para enxergar padrões de busca por atendimento, tendência da disseminação de sintomas na população, características comuns em diagnósticos e exames e muito mais. Isso é importante para gerar conhecimento, acelerar a assistência e análises de laboratório, identificar potenciais aumentos de incidências de certas doenças e facilitar o planejamento do apoio local e remoto.
Talvez ainda mais importante que tudo isso seja o aumento do alcance do atendimento, com a possibilidade de levar consultas e exames a áreas mais remotas, com restrições de acesso geográfico ou mesmo de quantidade de profissionais no local. Assim, a qualidade do serviço de saúde aumenta muito, sem necessariamente um grande investimento na infraestrutura local.
Sem a dependência de uma infraestrutura, seja ela on-premises, data center físico ou mesmo cloud-only, a instituição de saúde ganha agilidade para escalar suas operações de acordo com diversos fatores, como sazonalidade, eventos imprevistos e outros. Para o paciente, isso significa mais possibilidade de serviços eficazes e de qualidade, com menos espera e mais praticidade na consulta e no recebimento de diagnósticos.
As tecnologias de ponta têm, desde o princípio, segurança como um de seus pilares, e isso é altamente relevante para o momento atual. No modelo tradicional, a segurança de dados fica dependente da atuação da equipe de TI local, que dificilmente é especializada na área e traz as melhores práticas para o ambiente. Isso se traduz em mais vulnerabilidades e possibilidades de invasões e vazamento de dados, especialmente quando se leva em conta a tendência de muitos médicos de utilizar dispositivos pessoais (como PCs, celulares e tablets) em consultas.
Comparativamente, com a adoção de ferramentas modernas, cloud computing e outros recursos, e contando com o suporte externo de especialistas em modalidades de serviços gerenciados, a segurança torna-se mais resiliente e confiável. Além de estar em conformidade com a LGPD e outras normas, protegendo a instituição contra sanções e penalidades, isso traz mais transparência e tranquilidade para o paciente, que sabe que seus dados estarão protegidos.
Somando a tudo isso, existe o atual momento de crescimento e expansão do 5G, que deve trazer novos níveis de performance e conectividade para as instituições de saúde, fortalecendo ainda mais a telemedicina. Assim, fica evidenciado que a preparação de hospitais, clínicas, laboratórios e demais frentes da saúde para atuar de forma remota é extremamente interessante e recomendável, na medida em que isso pode trazer benefícios reais e imediatos para a qualidade de vida de milhares de pessoas em todo o Brasil.