Investir em segurança ao longo de todo o ciclo de desenvolvimento de aplicações reduz o risco de possíveis problemas e falhas de segurança que se acumulam ao longo da vida de seus aplicativos.
Atualmente, cada vez mais empresas sofrem com ciberataques ou vazamento de dados pela urgência de lançar produtos com vulnerabilidades que poderiam ter sido identificados com o apoio de soluções inteligentes. Como consequência, elas geralmente apresentam códigos repletos de débitos técnicos e muitas brechas que podem ser usadas como porta de entrada por cibercriminosos. De acordo com o Annual Report on the State of Application Security da Veracode, mais de 74% dos aplicativos apresentaram pelo menos uma falha de segurança encontrada em verificações realizadas nos últimos 12 meses.
Essas falhas de segurança representam uma exposição grave das empresas, pois podem fazer com que os clientes percam a confiança nas aplicações desenvolvidas. Além disso, quando os clientes têm os seus dados vazados, a imagem da sua empresa é drasticamente afetada, trazendo grandes prejuízos para os resultados dos negócios.
Nesse contexto, mais do que nunca a inclusão da segurança nos processos de desenvolvimento de aplicações e softwares se faz necessária para que as empresas possam garantir a vendabilidade dos negócios – o que nem sempre fica claro para os profissionais de TI.
Por isso, um caminho válido para reduzir falhas e vulnerabilidades está na aplicação de requisitos de segurança ao longo de todo o ciclo de desenvolvimento do software (software development lifecycle – SDLC), desde as fases iniciais até aquelas de operação e manutenção. Essa estratégia assegura a qualidade do software e ainda traz diversos outros benefícios, como a redução de custos, pipelines mais ágeis e maior confiabilidade para as aplicações.
Neste artigo, iremos explorar como equipes de TI podem aplicar boas práticas de segurança para a aceleração do desempenho de aplicações ao acompanhar todo o ciclo de desenvolvimento.
Como veremos a seguir, os cuidados constantes com segurança, com a inclusão de práticas de DevSecOps em todo o ciclo de desenvolvimento, podem trazer uma série de vantagens para a segurança e a performance das aplicações.
No estudo State of Application Security 2022, da Forrester, foi notado que 35% dos ciberataques exploram uma vulnerabilidade de software.
Muitas vezes, essas brechas ocorrem porque os desenvolvedores pensam somente nas vulnerabilidades e brechas que podem ser encontradas na aplicação que estão desenvolvendo no presente. Porém, essas aplicações utilizam componentes externos, que podem ter vulnerabilidades descobertas no futuro, quando a aplicação estiver já em funcionamento.
Portanto, para reduzir os riscos de ataques, os programadores devem cuidar não apenas das vulnerabilidades da aplicação que desenvolvem, mas daquelas que podem ser encontradas em todos os componentes externos utilizados pelas suas aplicações.
Com o mapeamento contínuo, não precisa haver um gap entre o lançamento do software e uma nova rodada de atualizações, evitando assim brechas de segurança.
Além disso, a abordagem DevSecOps envolve diversas equipes de segurança compartilhando visibilidade, feedback e insights sobre ameaças conhecidas, como ameaças internas ou malwares. Essa interação permite avaliar e refinar regularmente os processos de segurança com base nas melhores práticas do setor, base de vulnerabilidades conhecidas e nos cenários de ameaças em evolução.
Um problema comum no desenvolvimento de software é que as atividades relacionadas à segurança são muitas vezes adiadas até a fase de testes, no final do SDLC, após a maior parte de implementação já ter sido concluída.
Os problemas descobertos nessa fase final do processo geralmente consomem mais tempo para que possam ser corrigidos, causando atraso na produção. Além disso, essas correções acabam saindo mais caras, pois podem exigir redesenvolvimento e novos testes.
Outro inconveniente é que as verificações de segurança realizadas durante a fase de testes podem se mostrar superficiais, limitadas a varreduras e testes de penetração. Em função disso, elas geralmente não são capazes de revelar problemas de segurança mais complexos.
A inclusão de práticas de DevSecOps em todo o ciclo de desenvolvimento de aplicativos contribui para aumentar a agilidade e consistência dos processos de pipeline, reduzindo possíveis problemas de produção. Isso acontece porque as equipes de desenvolvimento não vão precisar voltar várias etapas do processo após descobrir possíveis brechas já na fase de testes finais ou até depois de fazer o deploy.
Além disso, essa abordagem permite automatizar tarefas repetidas, possibilitando que as verificações de segurança automatizadas no pipeline consumam muito menos tempo do que as manuais.
Incorporar medidas de segurança durante o processo de desenvolvimento garante que o seu software satisfaça os requisitos de desempenho de sua empresa com riscos mínimos de segurança.
Com as práticas de DevSecOps em todo o ciclo de desenvolvimento das aplicações, os usuários têm uma experiência mais eficiente, a empresa pode agregar maior valor para a solução e as equipes de TI podem otimizar a gestão futura do software.
Implementar as práticas de segurança DevSecOps em todas as fases do desenvolvimento permite que equipes possam aumentar a consistência, colaboração e automatização do CI/CD (continuous integration and continuous deployment).
O CI/CD é um método que permite para entregar aplicativos com frequência aos clientes, introduzindo automação nos estágios de desenvolvimento de aplicativos. Essa tecnologia também favorece um monitoramento contínuo durante todo o ciclo de vida dos aplicativos, desde as fases de integração e teste até aquelas de entrega e implantação.
Com esses recursos, é possível manter ciclos de desenvolvimento curtos e frequentes, integrar medidas de segurança com o mínimo de interrupção das operações e acompanhar tecnologias inovadoras, como contêineres e microsserviços. Além disso, esse método permite promover uma colaboração mais estreita entre equipes normalmente isoladas – uma tarefa difícil para qualquer organização.
Vale observar que, embora a implementação de práticas robustas de AppSec seja crucial, a liderança eficaz desempenha um papel vital na preparação do seu negócio para o sucesso de suas aplicações. Ao promover uma cultura de segurança, fomentar a colaboração, investir em experiência, implementar práticas de desenvolvimento seguras e adotar a melhoria contínua, você coloca a sua empresa no caminho de uma segurança de aplicativos mais robusta e confiável.
Para garantir práticas robustas de AppSec, é essencial adotar uma plataforma abrangente de testes de segurança de aplicativos.
Em parceria com a Veracode, a NEC fornece uma plataforma que integra perfeitamente as práticas de segurança DevSecOps ao Ciclo de Vida de Desenvolvimento de Software (SDLC).
Com ela, você tem acesso a uma variedade de recursos poderosos de testes de segurança, que incluem análise estática, dinâmica e análise de composição de software que permite a criação segura de aplicativos nativos da nuvem juntamente com mais implementações legadas. Esses recursos permitem que você otimize os seus processos e gere mais valor de negócios para a sua empresa com aplicações de alta qualidade.
Para saber mais sobre as nossas soluções, fale com os especialistas da NEC.