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NEC
25 fev 2016

Os desafios enfrentados pelos órgãos públicos para proteger seus dados

Os desafios enfrentados pelos órgãos públicos para proteger seus dadosDentre as diversas motivações que levam aos ataques cibernéticos, roubo de dados e desmoralização da imagem estão no topo da lista, não havendo qualquer restrição ao segmento de mercado: seja público ou privado.

Quando analisamos o setor público, ataques à infraestrutura são um problema recorrente e cada vez mais grave, tanto no Brasil quanto no exterior. Os casos são inúmeros: em 2012, por exemplo, um braço brasileiro do Anonymous tirou do ar o site do Banco do Brasil, em um protesto contra a desigualdade social no País. Poucos dias depois foi a vez dos sites do governo da Bahia, da Secretaria da Fazenda e da Assembleia Legislativa do Estado ficarem fora do ar devido a ataques de Negação de Serviço Distribuída (DDoS, na sigla em inglês). Logo em seguida, as páginas dos governos do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal também foram atacadas.

Em 2014, e-mails e sistemas de dados do Ministério das Relações Exteriores do Brasil sofreram ataques de hackers, que invadiram a intranet que reúne todas as comunicações diplomáticas, incluindo aquelas sigilosas. Vazaram, por exemplo, textos preparatórios da visita do vice-presidente americano, Joe Biden, ao Brasil durante a Copa do Mundo, além do resumo da participação brasileira numa cúpula de segurança nuclear, na Holanda, em março daquele ano. O ataque mostrou como a segurança da informação é um assunto crítico, mesmo um ano após a revelação de que o Brasil foi alvo de espionagem americana.

Mas esse não é um privilégio nacional. Em meados de 2015, pelo menos 4 milhões de funcionários do governo americano tiveram seus dados expostos por hackers chineses, pouco tempo depois de dados do Departamento do Interior e da Agência de Gerenciamento Pessoal também serem comprometidos. Para reduzir os riscos e tentar diminuir o impacto, o governo contratou os serviços de uma empresa especializada em proteção contra roubo de identidade, que, até o início de 2017, fará o monitoramento de relatórios de crédito, serviços de recuperação e seguro contra roubo de identidade das pessoas impactadas.

A pesquisa “Holding the Line Against Cyber Threats: Critical Infrastructure Readiness Survey”, realizada pela Intel Securty e pelo Aspen Institute, em 2015, com mais de 600 executivos de TI de empresas na França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, mostra que 72% dos participantes afirmam que as ameaças às suas organizações são cada vez mais frequentes e que é necessário realizar parcerias entre governos e empresas de compartilhamento de inteligência para acompanhar a evolução das ameaças. Essa poderia ser uma das diversas soluções a serem buscadas, num cenário de ameaças crescentes. Como vimos, ninguém está a salvo.

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