O Open Banking (traduzido como Banco Aberto) teve início em 2016 no Reino Unido, visando padronizar e modernizar o ecossistema financeiro, a fim de trazer maior transparência e eficiência no compartilhamento de dados.
Um dos seus aspectos mais importantes é a segurança aprimorada, garantida por tecnologias de autenticação multifatorial e biometria que aumentam a confiança dos usuários e protegem suas informações financeiras de maneira eficaz.
No Brasil, essa iniciativa começou a ganhar forma nos últimos anos, alinhando-se às tendências globais de inovação financeira e se consolidando como um marco na transformação digital do setor bancário brasileiro.
Para se ter uma ideia, a adesão ao Open Banking no país tem sido significativamente positiva: o número de consentimentos de compartilhamento de dados financeiros dobrou, passando de 21 milhões em janeiro de 2023 para 42 milhões em janeiro de 2024, um crescimento de 100% que reflete a aceitação e a confiança crescente da população brasileira nessa nova forma de gestão financeira. Desses, aproximadamente 27,7 milhões (ou dois terços) são consentimentos únicos, ou seja, pessoas físicas (CPF) ou empresas (CNPJ).
O Open Banking está introduzindo uma transformação significativa nos ecossistemas tradicionais do sistema financeiro. Da personalização, a partir de dados, à padronização e interoperabilidade, esse sistema traz mudanças-chave que não apenas aumentam a eficiência dos serviços bancários, mas também democratizam o acesso financeiro. A seguir, confira os principais pontos desta mudança:
Com o compartilhamento de dados financeiros entre diferentes instituições, os clientes podem se beneficiar de uma melhor compreensão acerca de seus hábitos de consumo.
Afinal, agora é possível que bancos e fintechs ofereçam serviços personalizados, ajustados às necessidades individuais de cada cliente.
Por exemplo, ao analisar os padrões de gastos e economias, uma instituição pode sugerir produtos financeiros mais adequados, como investimentos específicos ou opções de crédito personalizadas.
A facilidade de acesso aos dados financeiros impulsiona a inovação no desenvolvimento de novos produtos e serviços.
Nesse sentido, instituições financeiras e fintechs utilizam essas informações para criar soluções inovadoras que atendam melhor às demandas dos clientes. Isso inclui desde aplicativos de gestão financeira pessoal até novas formas de crédito e investimentos, que antes não eram possíveis devido à falta de dados integrados e acessíveis.
O Open Banking reduz as barreiras de entrada para novos participantes no mercado financeiro, o que intensifica a competição entre instituições. Essa maior concorrência estimula a inovação e melhora a qualidade dos serviços oferecidos. Bancos tradicionais, por exemplo, precisam se adaptar e inovar constantemente para não perderem espaço para novas fintechs que oferecem soluções mais ágeis e centradas no cliente.
A padronização também viabiliza que novos serviços possam se conectar sem problemas aos sistemas existentes, aprimorando todo o ecossistema financeiro do país.
Com o Open Banking, as instituições financeiras reduzem custos operacionais de maneira significativa. Ao utilizar APIs (interfaces de programação de aplicativos) para acessar dados de clientes e realizar transações de forma mais eficiente, os bancos conseguem automatizar muitos processos que antes exigiam intervenção manual.
Isso não apenas diminui a necessidade de recursos humanos para tarefas rotineiras, mas também acelera a execução de operações, resultando em economia de tempo e dinheiro. Além disso, a integração de sistemas por meio de APIs permite que as instituições financeiras se adaptem rapidamente às mudanças do mercado, mantendo-se competitivas e eficientes.
Segurança aprimorada
Embora o compartilhamento de dados traga desafios em termos de segurança e privacidade, o Open Banking também impulsiona o desenvolvimento de medidas de segurança mais avançadas. A autenticação multifatorial, que pode incluir biometria, é uma dessas medidas que agrega valor significativo para as camadas de proteção do sistema.
Empresas como a NEC estão na vanguarda dessa tecnologia, oferecendo soluções que combinam múltiplos fatores de autenticação para garantir que apenas usuários autorizados possam acessar dados sensíveis. Além disso, a criptografia robusta protege os dados em trânsito e em repouso, ao reduzir o risco de violações e preservar a integridade e a confidencialidade das informações dos clientes.
O Open Banking promove a padronização de APIs e protocolos de comunicação, o que facilita a interoperabilidade entre diferentes sistemas e instituições financeiras.
Para os clientes, isso significa uma experiência mais integrada e conveniente: eles conseguem transferir fundos, verificar saldos e acessar uma ampla gama de serviços de forma transparente, independentemente do provedor. E para os gestores de TI, é possível facilitar a integração dos sistemas com mais assertividade e sem impactar todo o ambiente.
O Open Banking no Brasil já caminha para sua próxima evolução: o Open Finance. Esse conceito mais amplo e abrangente busca integrar ainda mais o ecossistema financeiro, incluindo não apenas dados bancários, mas também informações sobre seguros, investimentos, previdência e outros serviços.
Nesse contexto, o Banco Central do Brasil adotou essa estratégia visando criar um ambiente financeiro mais inclusivo, competitivo e inovador, que beneficia tanto os consumidores quanto as instituições.
A adoção do Open Finance no Brasil tem sido impulsionada por investimentos significativos. Com R$ 2 bilhões investidos pelos bancos, o Open Finance brasileiro já é considerado o maior do mundo, mesmo com apenas três anos de implementação. Esse investimento tem sido fundamental para desenvolver a infraestrutura necessária para suportar essa grande quantidade de dados e assegurar a segurança das transações.
Atualmente, o sistema realiza 1 bilhão de comunicações bem-sucedidas todas as semanas — dado que reflete sua robustez e eficácia. Esses números impressionantes demonstram a capacidade do Open Finance de transformar o setor financeiro brasileiro, tornando-o mais eficiente e centrado no cliente.
Neste cenário, a NEC, uma das maiores provedoras globais de soluções integradas de tecnologia da informação e comunicação, atua ativamente para fomentar inovação no setor financeiro em diferentes frentes.
As soluções avançadas de autenticação multifatorial e biometria adicionam camadas adicionais de segurança e otimizam a jornada do usuário. A solução NeoFace da NEC é reconhecida como a mais rápida e precisa do mundo em reconhecimento facial, conforme testes do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA (NIST) e lideranças em pesquisas da Frost & Sullivan. Além disso, ao projetar redes modernas, a NEC garante que o fluxo de dados recebidos e gerados apoie processos cada vez mais rápidos.
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