Antes de férias ou viagens de negócio, muitos funcionários configuram respostas automáticas de ausência no e-mail para que clientes e colegas saibam quem contatar em sua ausência. Normalmente, essas mensagens incluem a duração da viagem, informações de contato da pessoa que responsável pela substituição, e às vezes dados sobre projetos atuais.
Respostas automáticas parecem inofensivas, porém podem representar um risco corporativo. Se um colaborador não restringe a lista de destinatários, esse tipo de e-mail irá para qualquer pessoa que lhe direcione uma mensagem – e esse poderia ser um cibercriminoso ou spammers que conseguiu passar pelos filtros. A informação sobre a ausência poderia ser suficiente para a viabilização de um ataque direcionado.
Nesse caso de spammers, a resposta automática permite saber que o endereço de e-mail é válido e pertence a uma pessoa específica. Informa-os do primeiro e último nome da pessoa, bem como seu cargo. A assinatura, às vezes, ainda contém um número de telefone;
Spammers normalmente lançam mensagens a endereços de uma base de dados gigantesca, que gradualmente se torna desatualizada e menos efetiva. Entretanto, quando uma pessoa real é detectada no outro lado da linha, os cibercriminosos a marcam como alvo viável e começam a mandar e-mails com mais frequência. Podem até ligar. Mas isso não é o pior.
Se a mensagem automática é enviada a um e-mail de phishing, a informação que fornece sobre o colaborador substituto, o que pode incluir nome, cargo, horário de trabalho e até telefone, pode ser usada para organizar um ataque de spear-phishing. O problema não afeta apenas grandes empresas. Na verdade, respostas automáticas são alvos fáceis, oferecem um tesouro de dados para engenharia social de diversos propósitos.
Imagine que o Pedro sai de férias, deixando informações muito detalhadas de contato na resposta automática. Por exemplo: estarei fora do escritório até 27 de março. Para questões relacionadas ao Projeto Camomile, por favor, entre em contato com a Tatiana (e-mail e telefone). O redesign Medusa está sob a responsabilidade do André (e-mail e telefone).
Agora, André recebe uma mensagem que parece ser do diretor da Medusa LLC. Referindo-se a uma discussão anterior com Pedro, o cibercriminoso pede a André que avalie uma proposta de interface anterior. Nessa situação, André provavelmente abrirá o anexo no e-mail, colocando seu computador sob risco de infecção.
Além disso, cibercriminosos podem conseguir informações confidenciais por uma troca de e-mail, referindo-se a um colaborador ausente e seu suposto trabalho anterior juntos. Quanto mais sabem sobre a empresa, mais convincentes serão, tornando o substituto mais suscetível a repassar documentos internos e segredos comerciais.
Para prevenir dores de cabeça relacionadas às respostas automáticas, uma política sensível sobre mensagens de ausência é necessária:
Fonte: Kaspersky