O vazamento de dados é um problema cada vez mais sério para empresas em todo o mundo. Todas as áreas das corporações estão produzindo, adquirindo, processando, armazenando e compartilhando mais informações a cada dia, gerando novos desafios à segurança corporativa.
Se no passado era possível colocar em segundo plano os riscos provocados pelas ameaças cibernéticas e vazamentos de informação, os ataques ocorridos nos últimos anos a empresas como Sony, JPMorgan Chase, Target e Home Depot colocaram essas questões no topo das prioridades corporativas. Aumentou a preocupação a respeito dos danos à reputação das marcas, ações legais, downtime dos sistemas corporativos e prejuízos financeiros causados por essas ações.
De acordo com a edição 2016 do estudo “Cost of Data Breach Study”, realizado pelo Ponemon Institute, globalmente, o custo médio dos vazamentos de informação subiu 29% nos últimos dois anos, chegando às expressivas cifras de US$ 4 milhões. O Brasil é um dos países com maior propensão a sofrer com vazamento de dados. Como podemos ver, o número de dados roubados subiu de 3.900 para 85.400. No País, os custos pós violação cresceram de R$146,00 para R$225,00. Esse custo é calculado a partir das despesas diretas e indiretas em que as empresas incorrem ao lidar com o vazamento de dados. As despesas diretas incluem a contratação de especialistas forenses e linhas de atendimento ao cliente, descontos em produtos e serviços. Entre as despesas indiretas estão os custos das investigações e comunicações internas, bem como o custo da perda de clientes em função das brechas de segurança.
O levantamento também mostrou as principais brechas de segurança nas empresas nos vários países. Se por um lado, no Brasil, apenas 40% das invasões tenham sido realizadas com base em inserções de malwares ou por ataques diretos (para efeito de comparação a média mundial é de 48%), por outro, aqui foram constatados altos índices de falhas de infraestrutura dos sistemas corporativos 30%, o que mostra o quanto essa é uma área que ainda demanda atenção no mercado nacional. Além disso, o Brasil é o país com a maior incidência de vazamentos de dados em decorrência de erros humanos, 30%.
É importante destacar que o custo das brechas de segurança pode variar de acordo com o segmento de mercado. Embora a média por vazamento seja de US$ 158, na área de saúde esse número salta para US$ 355, em educação para US$246,00 e no varejo para US$ 172. Isso se deve, segundo o Ponemon Institute, ao fato de que esses setores são muito regulamentados e, assim, problemas de segurança são fortemente punidos pelas agências reguladoras.
Os prejuízos causados pelo vazamento de informações são muito maiores que o investimento necessário para proteger uma estrutura corporativa e continuam a crescer. Seja qual for o segmento de mercado, vale mais a pena investir em uma abordagem proativa, que permita antecipar ou minimizar um problema, do que reagir quando um incidente ocorrer.
