O ciberataque de 12/05 que atingiu mais de uma centena de países em todo mundo e foi destaque em todas as mídias, é o maior da história do mundo digital até hoje... e já previsto.
Quando o orçamento de TI de uma empresa diminui, o de segurança normalmente não diminui na mesma proporção e está aí o desafio: como aplicar de forma mais eficiente os recursos e manter o nível de segurança?
Sim, estamos falando de investimento. Quando diminuem os recursos empregados em segurança o risco aumenta e a probabilidade de se gastar mais que do que foi economizado em ações de remediação aumenta junto. Mas não estamos falando aqui apenas no investimento financeiro em equipamentos, softwares e serviços especializados..., mas, também, investimento em conscientização dos usuários da empresa em boas práticas.
O ataque ransomware que afetou o funcionamento de muitas empresas e organizações é a prova que não existem corporações – independente do segmento de mercado, tamanho ou região – a salvo. Hospitais, companhias ferroviárias, meios de comunicação, indústrias e prestadores de serviço. Todos são alvo e a ingenuidade de quem acredita que “esse tipo de coisa nunca vai acontecer”, dá vez ao descaso.
Nos EUA, o custo médio anual do cibercrime em 2015 foi de US$15 milhões, segundo pesquisa do Instituto Ponemon, um aumento de 19% em relação a 2014; já no Brasil esse número é mais alarmante, subindo para US$20 bilhões, uma média de US$154 por cada dado roubado. O mesmo instituto levantou o impressionante crescimento do roubo de dados: 2100%.
A Intel Security, em sua pesquisa mundial, reportou já em 2014 um total de US$445 bilhões em perdas financeiras e, como consequência direta, mais de 150.000 pessoas ficaram desempregadas somente na Europa. Já o FBI estimava que o ransomware seria um negócio de US$ 1 bilhão apenas em 2016. Com um potencial de ganho como esse, por que os hackers deixariam essa ameaça de lado?
As duras consequências
Elas podem variar de acordo com o porte e o mercado no qual a empresa está inserida, mas os principais são:
Consequências como essas não acontecem apenas em gigantes como Target e Sony e devem ser consideradas dentro dos pontos críticos de um planejamento corporativo. Embora exista, de fato, uma visão macro sobre o cibercrime, ainda fica muito aquém do necessário. Na maioria dos casos, a percepção é que segurança, sendo um problema que envolve tecnologia, será resolvido pela equipe de TI e que nada de grave irá acontecer se houver a aquisição da mesma.
O barulho que começou naquela sexta foi grande. Mas o que será feito na sua empresa amanhã para não aumentar essas duras estatísticas?