A importância da digitalização das Instituições Públicas é um fato e cada vez mais tem ganhado destaque com relação a discussões sobre a transformação digital no Brasil. Afinal, como o alinhamento de tecnologias à implementação de políticas públicas pode beneficiar a vida dos milhões de cidadãos?
Um levantamento do Ministério do Planejamento mostrou que 32% dos serviços públicos são totalmente digitalizados, 39% são parcialmente e 29% ainda não estão disponíveis para acesso online em nenhuma das etapas.
Com o mundo expandindo além dos limites físicos, as instituições públicas precisam acompanhar a velocidade das mudanças de comportamento e comunicação dos cidadãos. Em um caminho de mão dupla, ao incorporar soluções de tecnologia, diminui-se os custos operacionais e assim se estabelece melhores prestações de contas.
A digitalização diz respeito ao ato de transformar dados em bits, ou seja, codificá-los, processá-los e armazená-los de forma mais otimizada e eficiente em computadores e por meio de softwares. Trata-se de uma forma de facilitar tanto a utilização desses dados quanto os serviços ofertados através deles.
Sobre isso, destacamos a fala de José Fiochi, Gerente de Negócios para Governos da NEC no Brasil, no Futurecom Xperience, sobre como o objetivo do serviço público deve ser eficiente e ágil, pensando como cidadão e não apenas como governo.
Para ele, ao falar em setor público, é preciso definir o conceito de exercer a cidadania plena. E isso significa apostar na transparência do setor como prioridade para a população e também enfocar na eficiência de gasto público. Os principais pontos da necessidade de mudança estão a vulnerabilidade do sistema e a falta de segurança.
A digitalização das Instituições Públicas é uma forma de melhorar a experiência do usuário diante dos serviços oferecidos. As iniciativas do governo para tornar algumas frentes digitais foram intensificadas com o ano de 2020. Enquanto isso, a transformação tecnológica no mundo todo tem se ampliado ano após ano.
Com o aumento da conectividade, mais cidadãos têm consumido serviços online e buscado formas mais práticas de solucionar problemas, seja por meio de aplicativos ou sites. O fato é que, para isso, só precisam de uma conexão com a Internet. Esse novo tipo de consumidor também influencia nas novas abordagens governamentais.
A importância disso está no uso de recursos públicos de forma eficiente e responsável. A digitalização das Instituições Públicas possibilita o compartilhamento de dados com muito mais agilidade. Além disso, é um processo que oferece muito mais segurança, evitando fraudes nos registros e informações colhidas pelo governo.
Veja alguns dos pontos principais sobre por que é importante alinhar os serviços governamentais à tecnologia:
A digitalização das Instituições Públicas passa por um momento em que a segurança é de extrema importância, o governo não pode deixar de se atentar a esse aspecto.
Como afirmou José Fiochi, no Futurecom, o que vai ser feito com as informações, como endereçar tudo e como tratar todos os dados coletados é essencial para garantir aos cidadãos uma experiência positiva.
Nesse sentido, entram questões de vulnerabilidade, plataformas que conversam e serviços que são eficientes, com recursos que precisam de transparência. É preciso conseguir autenticar o cidadão de forma eficiente nos Institutos de Identificação, pela Receita Federal, sem que haja brecha na segurança.
Assim como também colocou Fiochi, as pessoas já estão acostumadas com um nível alto de excelência e esperam das soluções governamentais uma usabilidade eficiente, transparente e acessível. O que demanda soluções adaptáveis, abertas e com menos custos.
A experiência friendly viabiliza isso, pois permite que o usuário consiga entender rápido e dinamicamente como tudo funciona. Ou seja, trata-se de investir na experiência do usuário, tornando a usabilidade amigável e agradável em todas as fases do acesso, sempre apostando na praticidade.
O Brasil é um dos países em que há maior índice de utilização das redes sociais e isso reflete muito em como o cidadão vai se comportar em meio à transformação digital. O que se espera é que o cidadão consiga serviços de eficiência, transparência e entendimento sobre os gastos públicos, além de muita segurança nos acessos.
Mais do que outro momento, as pessoas esperam fazer parte das decisões tomadas pelos governos e saber exatamente qual será o uso feito com seus dados coletados. O cidadão espera exercer a cidadania plena em um ambiente seguro, confiável, dinâmico e prático. Ou seja, a procura é por plataformas acessíveis.
E é nesse ponto que a tecnologia pode ser utilizada, seja para pleitear novos temas de debates em plenário, solicitação de serviços ou criar uma cultura diferente que incentive o uso de tecnologia em processos corriqueiros com o governo — como votar, retirar documentos, pagar impostos.
E, infelizmente, ainda há muita vulnerabilidade e ineficiência nos serviços oferecidos, o que provoca desconfiança nos cidadãos, mas estamos caminhando rumo à digitalização das Instituições Públicas.
Governos de todo o mundo já se movimentam para atrelar tecnologia às suas administrações, como:
Por exemplo, a Estônia criou um livro-razão como seguro de banco para dados compartilhados e que fornece mais segurança no armazenamento de informações do governo; e a Coreia do Sul desenvolveu uma estratégia para o governo com o uso de “TI inteligente”, tecnologia e aplicações para serviços governamentais.
Vale destacar que a realização de parcerias é um ponto de extrema importância para que esses objetivos de maximizar a digitalização das Instituições Públicas sejam alcançados, extraindo e utilizando o know how de empresas privadas para proporcionar inovação e segurança para a população.
Assim como José Fiochi afirmou, o objetivo da NEC é atuar como orquestradora em promover soluções governamentais em parceria pública e privada. Nossa função é buscar as melhores formas de resolver os problemas considerando as necessidades do cidadão e consumidores.