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Tempo de leitura 2min
20 set 2018

Ferramentas

Por alguma destas razões difíceis de explicar (mais ainda de entender), sempre gostei muito de antropologia. Mesmo não tendo nenhuma correlação com minha história profissional, o estudo das questões da evolução e tudo o que envolve este convencido bípede que vagueia pela Terra há milhares de anos sempre me despertou a curiosidade. Dentre elas, uma das que mais me atiçam está a dos motivos que fizeram os primeiros hominídeos se diferenciarem, intelectualmente, dos demais serem vivos levando-nos até à atual prepotência em achar que somos escolhidos divinos e com direitos diferenciados sobre as demais criaturas.

Aqui talvez caiba uma pequena cronologia. É confirmada pela ciência que a última das grandes cinco extinções – a que ficou conhecida pela extinção dos dinossauros – ocorreu há 65 milhões de anos; e que os primeiros hominídeos datam de 7 milhões de anos. Sendo então, deste momento até 400 mil anos atrás, quando surgiu o homo sapiens, o período que me chama a atenção.

Muito ainda se estuda em busca destas respostas. Há quem defenda o advento da descoberta do fogo por ter permitido o consumo de carne não crua e sua influência no desenvolvimento do cérebro humano. Outro ponto defendido foi o desenvolvimento de recursos mais amplos de comunicação oral e depois escrita, o que permitiu os esboços de pequenas sociedades e organizações em prol de objetivos comuns.

Particularmente, gosto de considerar o grande “click” dado pelo primeiro hominídeo que percebeu a chance de usar um objeto de extensão do seu corpo para um determinado fim. O filme “2001 – uma odisseia no espaço”, de Stanley Kubrick, mostra com grande dramaticidade o momento em que um indivíduo percebe o valor agregado em usar um osso para quebrar uma pedra e depois para matar outro da espécie. Ali, se retratou a descoberta (para mim) mais genial da história humana – o uso de uma ferramenta, até então, algo inédito por qualquer outro ser vivo no planeta.

Para a definição de ferramenta temos um utensílio, dispositivo, ou mecanismo físico ou intelectual utilizado por trabalhadores das mais diversas áreas para realizar alguma tarefa. Dessa forma a ferramenta em questão fornece uma vantagem mecânica ou mental para facilitar a realização de tarefas diversas.

Foram elas que nos permitiram ir além do que nossos limitados corpos – mais fracos, mais lentos e mais baixos de que muitas espécies do mesmo ecossistema - trazendo possibilidades para as necessidades mais básicas como a caça, a segurança e proteção da vida.

Com o passar do estágio de coletores-caçadores para o de criadores de culturas (animais e vegetais), o uso de ferramentas se fez mais intenso, permitindo ampliar e dar qualidade as produções e estruturar comunidades.

Para encurtar a história (que poderia render um livro), as ferramentas tiveram - e ainda têm! - papel-chave na evolução humana sendo uma das razões do diferencial da espécie.

Em nosso atual estágio de evolução, somamos às ferramentas manuais e intelectuais amplamente úteis ao longo da história, a categoria de ferramentas de tecnologia da informação.  

Mesmo que você não tenha “muita intimidade” com o dia-a-dia de tecnologias como firewalls, controles de acesso, sistema de prevenção de intrusão, antivírus, AntiSpam e outras ferramentas, pode acreditar que há muito esforço e conhecimento aplicado por humanos que se dedicam a viabilizar a proteção dos dados e o apetite atual da humanidade por acessibilidade tecnológica.

São estas ferramentas que permitem, em conceito, a continuidade das nossas necessidades mais primitivas, mas ainda essenciais para a humanidade: facilitar o bem-estar e gerar segurança.

 

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