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NEC
02 ago 2022

Como o Open Finance garante controle de dados financeiros aos clientes

A nova regra, já em vigor, coloca o consumidor no centro das operações e fortalece a competitividade no setor bancário

“Tem uma revolução silenciosa acontecendo, que é o Open Finance. Vamos ter muitos produtos, muita inovação em cima disso”. Com essa colocação, Jimmy Lui, Superintendente de Estratégia Digital e Inovação do Banco BV, definiu o tipo de mudança que o Open Finance vai trazer ao mercado, em um evento na Japan House, em SP, no dia 14 de junho. De fato, desde que começou a operar a partir do Open Banking, em fevereiro de 2021, as novas regras de guarda e compartilhamento de dados vêm colocando o consumidor no controle de suas informações de forma inédita, permitindo um alto grau de personalização na oferta de serviços no setor.

Com pleno funcionamento desde o final do ano passado, o Open Finance vem ganhando cada vez mais espaço entre os consumidores, ao mesmo tempo em que as empresas do setor já incorporaram a nova realidade às suas estratégias de mercado. E isso já começa a trazer impactos reais na dinamização das atividades do setor.

Um mundo aberto para novas possibilidades

O conceito central por trás do Open Finance é a ideia de que os consumidores devem ter o direito de escolher quem tem acesso a informações financeiras, e quais deles devem ser compartilhados. Isso muda radicalmente o cenário, na medida em que permite que não só um banco a qual se tem conta acesse dados do cliente como também instituições autorizadas pelo Banco Central acessem dados dos correntistas, efetivamente traçando perfis de consumo e permitindo o oferecimento de produtos de forma precisa e customizada para eles.

O Open Finance expande a concorrência para além de empresas do mesmo nicho, com bancos concorrendo com fintechs e financeiras em diversos segmentos. Para os consumidores, isso é uma excelente oportunidade de contratar serviços específicos de empresas diferentes, sem ficar preso a um único fornecedor. Mesmo a gestão de suas informações e operações pode ser feita por aplicativos (apps) de terceiros, dentro do conceito de Open Finance, sem depender exclusivamente dos apps de seus bancos principais. Isso traz mudanças interessantes para todo o segmento:

  • Novas oportunidades de transações: com um olhar mais detalhado sobre o perfil dos clientes, as empresas do setor financeiro conseguem oferecer serviços específicos (como cartões de crédito, financiamentos, empréstimos, investimentos e mais), sem que o cliente precise abandonar sua instituição atual, tornando o mercado mais ágil e flexível
  • Expansão, inovação e digitalização de negócios tradicionais: por conta da maior competitividade, a necessidade de inovação e modernização se tornou imperativa no setor. Isso se tornou nítido especialmente para os grandes bancos tradicionais, que tiveram que agregar novos serviços e canais digitais para acompanhar as novas expectativas e necessidades do cliente atual
  • Competitividade saudável de mercado (e uma consequente cooperação entre empresas): com mais possibilidades de serviços e novos (e inesperados) concorrentes, as organizações tiveram que se tornar mais criativas e conscientes em relação às suas forças e fraquezas, o que vem estimulando a geração de novas parcerias, que buscam ampliar seus pontos fortes e mitigar suas vulnerabilidades no mercado
  • Produtos e serviços altamente personalizados e maior possibilidade de conversão das ofertas: se para os clientes é bom ter a possibilidade de mais ofertas personalizadas, para as empresas, isso melhora sua assertividade comercial, fortalecendo sua taxa de conversão e melhorando suas empresas.

Estes diferenciais são um forte indicativo de que estas novas regras devem não só continuar em vigor, mas também continuar crescendo e angariando novos clientes e novas empresas, a exemplo de outras mudanças vindas na esteira da transformação digital. Exemplos disso são as fintechs, o 5G e seus serviços derivados, os “neobancos”, a abertura de dados em outros setores, como Open Health, Open Insurance, apenas para citar alguns.

Os desafios do novo mercado aberto

Como todo grande salto tecnológico, o Open Finance traz consigo alguns desafios para as organizações do setor. O maior deles é a descentralização dos serviços e a ampliação da competitividade, que deixou de ser entre empresas e passou a ser entre serviços. Como mencionado anteriormente, isso colocou organizações de diferentes portes e naturezas em condição de concorrentes, com fintechs – em particular – com uma certa vantagem por já terem nascido com um olhar digital e mais agilidade em sua concepção.

Outro componente interessante neste momento e que está diretamente relacionado à ideia de um mundo aberto em finanças são os chamados superapps. Estes aplicativos reúnem diversas funções de pagamentos, compras, promoções, entre outras, e são muito úteis neste momento para concentrar diversas funções em um só aplicativo. Longe de tirar a liberdade do consumidor, os superapps surgiram para dar mais flexibilidade e permitir aos usuários aproveitar ao máximo a liberdade do mundo Open Finance. Analogamente, para as empresas do setor, esses apps podem gerar oportunidades de parcerias e negócios, ajudando-as a se aproximarem dos clientes.

Diante disso, fica nítido que o país já atravessa uma nova e promissora fase de integração, transparência e ampla digitalização, onde o cliente está cada vez mais ao centro das operações, de posse de seus dados e pronto para aproveitar cada nova oportunidade. Para os players que buscam o crescimento, portanto, é decisiva sua capacidade de andar à frente da curva da inovação, incorporando rapidamente novidades, se atentando aos desejos dos clientes e investindo em tecnologia para surpreender e cativar um público que conta com mais opções a cada dia.

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