Hoje a Tecnologia da Informação (TI) é fundamental para a competitividade das empresas. Por este motivo, profissionais desta área têm a responsabilidade de tomar decisões de arquitetura que não coloquem o negócio em risco. Por mais elaboradas que sejam as soluções, uma grande ameaça à reputação e continuidade de uma organização surge quando neste processo não se pensa na segurança da informação.
Para entendermos o impacto da arquitetura no negócio, cito o framework TOGAF, criado pelo consórcio global The Open Group, que define 3 conceitos chave:
Os Building Blocks são coletados de soluções anteriores que funcionaram, mas podem não ter atendido aos requisitos de segurança da informação da organização. Portanto é preciso avaliar cada um neste quesito antes de adotá-los no repositório (Enterprise Continuum) ou revisá-los neste local sempre que as necessidades deste tópico mudem.
Da mesma forma, é preciso atenção com as Arquiteturas Alvo e de Transição, principalmente esta última que ocorre por restrições de escopo, custo ou prazo. Sendo assim, deve-se procurar alinhamento sobre os requisitos de segurança da informação da organização com os stakesholders e com o escritório de projetos (PMO).
Pensando em arquitetura orientada à serviços (SOA), segundo o modelo SOA Governance Vitality Model (SGVM), também criado pelo The Open Group, algumas empresas podem adotar em sua governança o conceito de exceção arquitetural. Esta ocorre devido à dispensa, normalmente decidida por um comitê, em seguir os padrões arquiteturais para uma solução proposta. Neste caso, cria-se, na verdade, uma transição a ser reavaliada periodicamente sobre a manutenção da dispensa ou retrabalho para adequá-la aos padrões. Note que, como se trata de exceção, pode não atender aos requisitos de segurança da informação da organização, devendo esta questão ser levada ao comitê e tentar encurtar o prazo de reavaliação, caso realmente seja deferida a dispensa.
Exemplificando o que os profissionais devem avaliar nas soluções propostas, podemos citar:
Tendo tudo isto em mente, vemos que é possível e essencial pensar em segurança da informação nos processos e projetos que envolvam arquitetura de TI. A adoção destas medidas deve ser contínua e reforçada pelos sponsors para que ajudem a mitigar e, possivelmente, eliminar riscos ao negócio.