Empresa desenvolve o ecossistema de fornecedores para migração suave do 4G para o 5G, a fim de entregar alta performance, confiabilidade e melhores custos. Esta foi a principal mensagem da NEC no Latam Telco Vision Forum
A NEC utilizou sua participação no Latam Telco Vision Forum, promovido pela Telesemana, publicação latino-americana on-line especializada em telecomunicações, para mostrar que está totalmente preparada para auxiliar as operadoras do setor a começarem suas jornadas no Open RAN, ou seja, a investirem efetivamente em redes abertas, com múltiplos fornecedores qualificados, a fim de que consigam aproveitar ao máximo o potencial do 5G.
Em sua palestra “Visão de Mercado da NEC em benefício das Operadoras”, Mayuko Tatewaki, Head Global dos Negócios de Soluções para a Provedores de Serviços da NEC Corporation, destacou a importância das redes abertas com o objetivo de explorar as amplas possibilidades para lançamento de novos serviços e usos do 5G por empresas e pela sociedade.
Mayuko abriu a palestra comentando que todos os atores do mercado vêm se perguntando para onde vai o 5G e como é possível rentabilizar os seus produtos e serviços. Segundo a executiva, a NEC já vem trabalhando com Open RAN há mais de quatro anos, quando participou do projeto da NTT Docomo para formatar seu ecossistema com múltiplos fornecedores qualificados de equipamentos e sistemas. Hoje, a NEC já participa de mais de 100 projetos em todo o mundo, visando contribuir para aperfeiçoar as infraestruturas, integrar os sistemas, selecionar fornecedores qualificados e inovar nos produtos e serviços, além de contribuir para a conquista de ganhos de produtividade, redução de custos e rápido retorno dos investimentos.
Mayuko destacou que a NEC tem hoje bons exemplos de projetos para contar, entre os quais dois casos bem-sucedidos de soluções para a indústria, que trouxeram benefícios efetivos para os negócios e a sociedade japonesa, mostrando-se rentáveis. O primeiro é o desenvolvimento de um controle remoto para maquinário pesado da construção civil, que permite a operação automática e a distância dos equipamentos. Outro exemplo é a operação remota da separação de sucata para reciclagem, que usa vídeo analytics e inteligência artificial para automatizar os serviços, evitando riscos à saúde dos profissionais.
“Em ambos os casos houve aumento de produtividade, otimização de mão de obra e redução de custos, o que é fundamental em uma sociedade como a japonesa, que está envelhecendo e é carente de novos trabalhadores. Além de trazerem melhores resultados para os negócios, são aplicações que beneficiam também a sociedade”, afirma a executiva da NEC.
Para a NEC, o 5G realmente será a tecnologia responsável por uma nova evolução tecnológica e benéfica para as mais diversas indústrias e modos de vida, uma vez que garantirá o surgimento de novas experiências, produtos e serviços, ao conectar pessoas, coisas (IoT) e indústrias de formas inovadoras. Porém, para que seja aproveitado todo o seu potencial, a quinta geração de rede móvel exige capacidade técnica, infraestrutura de ponta para integração de múltiplos microambientes, ou seja, é necessário investir em redes qualificadas com arquitetura aberta e baseadas em ecossistemas diversos e sintonizados, além da virtualização e soluções na nuvem.
“Com o 5G tudo estará conectado e a comunicação será amplificada, com novos serviços e caso de usos, para tornar a vida melhor e mais prática. Porém, as promessas dessa tecnologia só podem ser cumpridas por meio de redes abertas e ecossistemas bem estruturados, que vão garantir a flexibilidade, inovação e agilidade necessárias para os requisitos únicos de cada novo uso. Isto porque um único fornecedor não conseguirá entregar todos os quesitos exigidos pela sofisticação e diversidade de usos trazidas pelo 5G”, ressalta Mayuko.
Segundo ela, o desafio que ainda persiste e tem atrasado a expansão consistente e rápida das redes abertas de telecomunicações é que as operadoras ainda têm receio da complexidade de gerir os ecossistemas e querem ter a certeza de que as redes Open RAN efetivamente funcionam dentro dos padrões de qualidade exigidos pelo público e pelas agências reguladoras de seus respectivos países. “Mas se buscarem parceiros estratégicos e sinérgicos para gerirem o ecossistema, ajudando inclusive na seleção dos fornecedores e a resolver questões técnicas de TI e telecomunicações, fica mais fácil acreditar e investir nas redes abertas para, assim, rentabilizar o 5G”, acredita a executiva da NEC.
A NEC acaba de lançar a “NEC Open Networks”, composta por soluções RAN (Radio Access Networks), de redes de transporte xHaul, core convergente, automação de operações, bem como serviços de integração de sistemas, trabalhando com um ecossistema diverso e integrado de parceiros, para liberar todo o potencial de 5G. De acordo com Mayuko, desta forma, a NEC poderá contribuir para criar ambientes que levem inovações aos negócios e a sociedade em constante transformação, com serviços de rede resilientes e confiáveis, por meio de uma ampla gama de soluções e ecossistema de parceiros, que remove a dependência de um único fornecedor (lock-in) e resulta em otimização de custos.
Durante a palestra, a executiva da NEC destacou alguns dos principais projetos “Open 5G” globais que contam com a participação da companhia japonesa, como os: primeiros projetos comerciais de 5G da NTT Docomo, da Rakuten Mobile e da Etisalat, sendo que os dois últimos já foram de redes virtualizadas; e da primeira chamada telefônica realizada pela Vodafone Ziggo, por meio de Open RAN na Holanda.
No Reino Unido, a NEC integrou dois grandes projetos: foi selecionada pelo governo britânico para participar de um programa teste de redes abertas, e pela Vodafone para ser o principal fornecedor estratégico para desenvolvimento de Open RAN na região. Na Alemanha, integrou o projeto “Open RAN Town”, da Deutsche Telecom, para validação inicial do desenvolvimento da rede aberta local. Além disso, foi escolhida pela Telefónica para colaborar no teste pré-comercial de sua estrutura Open RAN na Espanha, Alemanha, Reino Unido e Brasil.
Na área de implementação e integração de sistemas de redes de transporte, a NEC também é referência de mercado, estando presente em mais de 100 projetos de operadoras, desenvolvidos em mais de 150 países, por seus mais de 500 engenheiros certificados globalmente em infraestrutura de TI e Telecomunicações. “Nas Américas participamos de projetos de orquestração de rede 5G em múltiplos domínios em operadoras Tier 1. Na Europa, fornecemos controle de IP SDN para vários países, na África, a primeira rede comercial com Segment Routing e na Índia modernização e sincronização do 5G. Marcamos nossa presença nos projetos mais inovadores em andamento”, destaca Mayuko.