Entenda como o mundo totalmente virtual chamado Metaverso pode se beneficiar das altas velocidades e baixa latência que o 5G pode proporcionar
A ideia de criar experiências cada vez mais imersivas e envolventes nos produtos digitais está em vias de ganhar um sentido muito mais amplo e literal: tendo a Meta (controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp) como principal nome no tema e com mais de 150 grandes empresas (como Apple, Microsoft, Nvidia, Epic e outras) investindo pesado, o Metaverso começa a ganhar forma. Trata-se de um mundo totalmente virtual e imersivo, onde os usuários poderão interagir, comprar, estudar, jogar e muito mais.
A ideia do Metaverso é expandir o uso de realidade aumentada/realidade virtual em conjunto com dispositivos vestíveis (wearables), permitindo que os usuários tenham acesso a uma infinidade de serviços e produtos, efetivamente mergulhando em um ambiente totalmente digital e interativo. Uma vez operacional, este ambiente poderá abrir possibilidades inéditas para os mais diversos cenários:
Naturalmente, uma ideia ambiciosa como essa tem uma série de pré-requisitos para operar, sendo que a capacidade de tráfego de dados está entre as principais. Para permitir uma experiência de mundo aberto totalmente imersiva para o usuário, é necessário um acesso ao conteúdo com altíssima velocidade e latência baixa, algo a que poucas pessoas e empresas têm acesso. Isso, contudo, vai mudar com a entrada em funcionamento do 5G operando em formato standalone.
Uma das maiores virtudes do Metaverso reside no fato de que algumas das melhores empresas de tecnologia estão trazendo expertises e olhares diferentes e complementares para o projeto, tornando-o o mais abrangente e dinâmico possível. Ao combinar a expertise da Nvidia, Unity, Autodesk, por exemplo, o ambiente ganha em riqueza de detalhes gráficos, robustez no desenvolvimento 3D e muito mais, enquanto empresas de games agregam recursos de interatividade e do social ao Metaverso.
Do lado das tecnologias desenvolvidas para acessar e interagir com este novo universo, as inovações também estão acontecendo de forma acelerada. Dispositivos de VR, que já vinham ganhando espaço em tempos recentes, agora devem ter seu desenvolvimento acelerado, assim como smart glasses ou óculos inteligentes, que finalmente devem ter sua chance de vingar. Já os aparelhos celulares devem ter importante destaque neste momento, oferecendo possibilidade de consumo de conteúdo de AR, algo previsto no Metaverso.
Por outro lado, o cada vez mais presente tema de segurança de dados deve se tornar ainda mais crítico. Com uma quantidade sem precedentes de dados gerados, processados e armazenados, e com a forma de se interagir e compartilhar informações mudando para um formato inédito, a segurança precisa ser reimaginada. As soluções de segurança da informação devem evoluir para atender a este novo formato de interatividade, e as pessoas deverão ter ainda mais consciência de como expõe suas informações no Metaverso.
Um dos pilares deste projeto está no fato de que o Metaverso é uma versão digital de nosso mundo, o que permite, a princípio, um entrecruzamento de realidades; neste sentido, o uso de AR é particularmente útil, fazendo a fusão dos mundos para o usuário de forma fluida e nativa, otimizando a experiência do usuário.
Esta característica expande de forma notável o conceito de "phygital", que é usado em marketing, principalmente, para denominar o encontro de meios digitais e físicos. Com a implantação deste universo, empresas terão uma vastidão de oportunidades de vendas e de geração de experiências únicas, unindo seus espaços físicos e digitais de forma orgânica, o que deve acirrar a competitividade de vários mercados.
Toda esta interatividade, como citamos anteriormente, precisa de uma enorme capacidade de transmissão de dados, algo que o 5G permitirá e, mais do que isso, democratizará, fortalecendo a entrada de milhões de pessoas no Metaverso. E não é só por meio da velocidade da conexão que esta tecnologia vai ajudar. Confira cinco pontos cruciais da nova geração de rede móvel:
Além de ser rápido, o 5G é móvel, o que significa que muito da experiência imersiva do Metaverso poderá ser aproveitada de qualquer lugar, e não necessariamente só com um computador ou console. Assim, a possibilidade de atrair mais usuários que não dispõe de equipamentos potentes ou internet fixa de altíssima velocidade, aumenta muito.
Com aplicações projetadas para rodar de forma nativa em celulares, os participantes do novo mundo digital poderão explorar todo seu potencial sem que seus usuários estejam logados em uma máquina maior. E mais: com smart things e wearables avançados, mesmo recursos de máxima imersão podem ser utilizados com total fluidez.
Com a enorme velocidade de transmissão e baixa latência, os gráficos não precisam ser renderizados na máquina onde o usuário está conectado, podendo ser gerados na nuvem e simplesmente consumidos no endpoint. Na prática, isso significa que mesmo games e vídeos em 4k ou até 8k não mais serão exclusividade de quem tem placas de vídeo poderosas e processadores de alto desempenho. Mesmo equipamentos básicos e até móveis poderão dar acesso ao que há de mais avançado em gráficos no novo ambiente.
Com mais acesso a todos e mais facilidade no consumo do conteúdo, o Metaverso tende a crescer, atraindo a atenção de mais empresas e profissionais e, por consequência, gerando mais opções de serviços, produtos e conteúdo. Isso pode ser um divisor de águas na forma como as pessoas interagem umas contra as outras e como elas criam, divulgam e consomem bens de todos os tipos.
Como vemos, o Metaverso é o tema mais discutido no cenário da tecnologia atualmente, e deve permanecer assim por muito tempo. Com a entrada do 5G, esse grandioso projeto deve ser acelerado, trazendo novas e interessantes possibilidades para o futuro de pessoas e negócios em todo o mundo.