Violações de dados enormes, marketeiros que seguem todos os seus passos online, pessoas suspeitas que examinam as fotos que você compartilhou nas mídias sociais – a lista de aborrecimentos digitais não tem fim. Porém, nem tudo está perdido: você tem sim controle sobre os seus dados. Vamos mostrar como melhorar sua privacidade online.
1. Verifique as configurações de privacidade das mídias sociais
Se você tem contas em mídias sociais nas configurações padrão, é surpreendente o quanto de suas informações está visível para qualquer pessoa. Por isso, recomendamos que analise com cuidado suas configurações de privacidade: é você quem vai decidir quais informações irão se tornar públicas para estranhos e seus amigos – ou até, com mais ninguém, além de você mesmo.
Compartilhar demais não se limita às mídias sociais. Não use serviços online criados para compartilhar informações com objetivo de armazenar seus dados pessoais. Por exemplo, o Google Docs não é um lugar ideal para guardar uma lista de senhas, assim como, o Dropbox não é o melhor para imagens do seu passaporte, a não ser que estejam em um arquivo criptografado.
Ao visitar um site, seu navegador revela uma série de coisas sobre você e seu histórico de navegação. Profissionais de marketing utilizam essas informações para traçar seu perfil e refinar os anúncios que são exibidos. O modo anônimo não consegue impedir esse rastreamento; você precisa de ferramentas especiais.
O que você ganha por compartilhar seu endereço de e-mail e número de telefone? Toneladas de spam na sua caixa de entrada e centenas de ligações automáticas. Mesmo que não possa evitar o uso dessas informações com serviços e lojas online, não as disponibilize para pessoas aleatórias nas mídias sociais. Considere ainda criar um endereço de e-mail descartável, além de um número de telefone separados para esses casos, se possível.
A maioria dos aplicativos de mensagens atuais usam criptografia, mas, em muitos casos, é o que chamam de criptografia em trânsito — as mensagens são descriptografadas quando chegam no provedor e armazenadas nos seus servidores. O que acontece se alguém hackear esses servidores? Não arrisque – escolha a criptografia de ponta a ponta (end-to-end) - dessa forma, nem mesmo o provedor do serviço pode ler suas conversas.
Usar senhas fracas para proteger suas informações privadas é tão eficaz quanto gritá-las para as pessoas na rua. É quase impossível memorizar senhas longas e únicas para todos os serviços que utiliza, mas com um gerenciador você pode memorizar apenas uma principal.
Aplicativos móveis vão solicitar permissões para acessar contatos ou arquivos armazenados no dispositivo, para usar a câmera, microfone, geolocalização, entre outros. Alguns realmente não funcionam sem essas permissões, outros usam essas informações para traçar o seu perfil para ações de marketing (ou coisa pior). Felizmente, é relativamente fácil controlar quais aplicativos recebem determinadas permissões. O mesmo vale para extensões de navegadores que não diferem dos apps nesse quesito.
Nossos computadores e telefones armazenam muitos dados que preferiríamos manter privados, então proteja-os com senhas. Não precisam ser complicadas ou únicas, nem devem ser fáceis ao ponto de que qualquer pessoa possa descobrir. Em dispositivos móveis, vá um pouco mais longe: PINs de seis dígitos ou senhas de verdade em vez de combinações de quatro dígitos ou padrões de bloqueio de tela. Para aparelhos que suportam autenticação biométrica – seja leitura de impressões digitais ou reconhecimento facial – isso normalmente já é suficiente, mas lembre-se que essas tecnologias possuem limitações.
Qual o sentido de proteger seu telefone com uma senha longa e segura, mas permitir notificações na tela de bloqueio? Dessa forma, qualquer transeunte pode saber da sua vida. Para evitar que essas informações apareçam na tela quando o telefone estiver bloqueado, configure corretamente as notificações.
Redes WiFi abertas geralmente não criptografam tráfego, e isso significa que qualquer pessoa na mesma rede pode tentar bisbilhotar. Evite transmitir quaisquer informações sensíveis – logins, senhas, dados de cartões de crédito, entre outros – por meio de uma rede pública, e utilize uma VPN para criptografar seus dados e protegê-los dos olhares curiosos
FONTE: Kaspersky